India Song
दृष्टि और सुगंध
sexta-feira, 1 de outubro de 2010
Mixed feelings
Quase uma semana em Portugal e ainda não desci à terra... sabia que o regresso ia ser difícil, só não imaginei o quanto... afinal, o choque de voltar é maior do que o choque de chegar à Índia.
Sinto saudades de tudo e de todos, e aqui nada me satisfaz, tudo me entedia. Quase me assalta um sentimento de ingratidão por não conseguir dar resposta às saudades dos amigos e da família, mas...só o tempo poderá resolver esta insatisfação, este vazio, este desconforto. Claro que, no geral, tudo voltará a ser como dantes, mas, no particular, nada voltará a ser como dantes.
Tudo aquilo que inicialmente me causava estranheza e me irritava nos meus primeiros tempos de Índia, é aquilo que agora sinto mais falta... sobretudo, e irónicamente, aquela dimensão de tempo suspenso!
E agora é ao contrário: tudo aqui é estranho, ninguém me entende, está tudo do avesso, existe muita pressa e pouco tempo, a vida não se vive, a vida corre...
Fui para a Índia ensinar e, como só podia ser, quem aprendi fui eu. Ter de vir embora quando, depois de espernear e resistir (porque esperneamos e resistimos mesmo quando julgamos ter uma mente aberta), finalmente nos rendemos e começamos a viver, é como ter de acordar na melhor parte de um sonho.
Na Índia aprendi que posso viver com muito pouco, aprendi que preciso de muito menos do que julgava, aprendi que sou muito mais, aprendi que somos muito mais, e aprendi que cada segundo é só uma ponte suspensa entre o ontem e o amanhã.
A Índia ensinou-me que o tempo é só uma coisa inventada por tolos para medir a ilusão de estar vivo.
Por isso é que na Índia o tempo pára e começa a vida. Acima de tudo, isto me ensinou a Índia, sem que eu tivesse pedido ou notado: quando o tempo pára, começa a vida.
O que faz da Índia um país tão incrível é o facto de tudo ser possível. Mesmo tudo e de tudo, para todos os gostos. O grau de imprevisibilidade quando se vive na Índia é enorme e tudo, da coisa mais simples à mais complexa, se torna uma aventura. Além disto, a Índia troca-nos as voltas com a sua ordem no caos!
Ao início tudo é complicado e difícil, até percebemos que tudo funciona, que afinal tudo é simples demais, tudo é exactamente como tem de ser. Se calhar é por a vida ser tão simples na Índia que nos custa apreendê-la com um primeiro olhar.
É preciso vivê-la, experienciá-la, senti-la no corpo, baixar as defesas e deixar-nos envolver. A partir daí a experiência começa, mas só a partir daí. E quando damos por ela, estamos em casa em qualquer lugar e sentimo-nos bem em qualquer circunstância.
A Índia é um desafio mas talvez não seja para todos. E é preciso tempo e alguma disponibilidade, o que escasseia nos dias de hoje no vocabulário do nosso "ocidentalismo". O que é certo é que, depois da Índia, o horizonte se alarga e a vida se expande, depois da Índia tudo é possível, estendem-se os limites, quebram-se as barreiras, o tempo desaparece, e tudo o que sabíamos deixa de ser verdade, para que simplesmente e sem enganos, flutuemos ao sabor de nós.
Sinto saudades de tudo e de todos, e aqui nada me satisfaz, tudo me entedia. Quase me assalta um sentimento de ingratidão por não conseguir dar resposta às saudades dos amigos e da família, mas...só o tempo poderá resolver esta insatisfação, este vazio, este desconforto. Claro que, no geral, tudo voltará a ser como dantes, mas, no particular, nada voltará a ser como dantes.
Tudo aquilo que inicialmente me causava estranheza e me irritava nos meus primeiros tempos de Índia, é aquilo que agora sinto mais falta... sobretudo, e irónicamente, aquela dimensão de tempo suspenso!
E agora é ao contrário: tudo aqui é estranho, ninguém me entende, está tudo do avesso, existe muita pressa e pouco tempo, a vida não se vive, a vida corre...
Fui para a Índia ensinar e, como só podia ser, quem aprendi fui eu. Ter de vir embora quando, depois de espernear e resistir (porque esperneamos e resistimos mesmo quando julgamos ter uma mente aberta), finalmente nos rendemos e começamos a viver, é como ter de acordar na melhor parte de um sonho.
Na Índia aprendi que posso viver com muito pouco, aprendi que preciso de muito menos do que julgava, aprendi que sou muito mais, aprendi que somos muito mais, e aprendi que cada segundo é só uma ponte suspensa entre o ontem e o amanhã.
A Índia ensinou-me que o tempo é só uma coisa inventada por tolos para medir a ilusão de estar vivo.
Por isso é que na Índia o tempo pára e começa a vida. Acima de tudo, isto me ensinou a Índia, sem que eu tivesse pedido ou notado: quando o tempo pára, começa a vida.
O que faz da Índia um país tão incrível é o facto de tudo ser possível. Mesmo tudo e de tudo, para todos os gostos. O grau de imprevisibilidade quando se vive na Índia é enorme e tudo, da coisa mais simples à mais complexa, se torna uma aventura. Além disto, a Índia troca-nos as voltas com a sua ordem no caos!
Ao início tudo é complicado e difícil, até percebemos que tudo funciona, que afinal tudo é simples demais, tudo é exactamente como tem de ser. Se calhar é por a vida ser tão simples na Índia que nos custa apreendê-la com um primeiro olhar.
É preciso vivê-la, experienciá-la, senti-la no corpo, baixar as defesas e deixar-nos envolver. A partir daí a experiência começa, mas só a partir daí. E quando damos por ela, estamos em casa em qualquer lugar e sentimo-nos bem em qualquer circunstância.
A Índia é um desafio mas talvez não seja para todos. E é preciso tempo e alguma disponibilidade, o que escasseia nos dias de hoje no vocabulário do nosso "ocidentalismo". O que é certo é que, depois da Índia, o horizonte se alarga e a vida se expande, depois da Índia tudo é possível, estendem-se os limites, quebram-se as barreiras, o tempo desaparece, e tudo o que sabíamos deixa de ser verdade, para que simplesmente e sem enganos, flutuemos ao sabor de nós.
my own private dictionary :)
Hindi | English | Punjabi |
Namastey Namaskar | Hello! | Saat shri abal Satsriakal |
Tum kaisi ho? | How are you? | Kida haal hai? Tussi kiddan ho? |
Thik hu | I'm fine. | Mein theek aa |
Tum aschi lag rahi ho Tum bahut sunder ho | You're looking gorgeous/beautiful | Tu sohni lag rahi hai |
Shukria | Thank you | Dhanawad |
Khushi-Khushi raho | Live happily | Khushi-Khushi raho |
Pani pi lo | Drink Water | Paani pi la |
Shayed | Maybe | Shayed |
Munze taang mat karo | Don't disturb me | Mainu taang na kro Mujhe tang mat karo |
Mein thuanu pyar cardi haan Mai tumhe pyar krti hu | I love you | Mai tano pyar kardi ha |
Mai jana nahi chati | I don't want to go | Mai jana nahi chaundi |
Subah ka khana kha lo | Take breakfast | Nashta lao do |
Schubhratri | Good night | |
Suprabhat | Good morning | |
Kitne ka he? | What's the price? | kinne da ae |
Bahut menga hei | It's too expensive. | Bahut mehnga hai |
Kitna time lagega? | How long will it take to...? | |
Kya ye bus … jaegí? | Is this bus going to...? | |
Tum kya kar rhi ho? | What are you doing? | Tu ki kar rhi hai? |
Muhze de do | Give it to me | Mainu de do |
| Enjoy your meal | Khana enjoy kro |
| Show me something different | Mainu kuch alag dikhao |
Chumna | Kiss | Chumi/puppy |
Surya | Sun | Suraj |
Chaand | Moon | Chand |
Jhappi | Hug | Jaafi |
Muskurahat / muskan | Smile | Haasa |
Dil | Heart | Dil |
Sapna | Dream | Supna |
Thappar | Slap | Chaped |
Aankheim | Eyes | Aakhan |
Mitr | Friend | Dost/Saheli(for girls) |
Naak | Nose | Nakk |
Honth | Lips | Bull |
Daant | Teeth | Dand |
Kaan | Ears | Kann |
Gall | Cheeks | Gallan |
PURE PUNJABI
English | Punjabi |
I will never forget you | Main tenu kde nai bhulangi |
I will be missing you | Main tenu hamesha yaad krungi |
Let' s go for party | Chalo party te chaliye! |
What time is it? | Kina time? |
It's gonna be unforgettable | Eh kde v bhulange nai |
Get lost! | Daffa ho ja! |
If you don't shut up, i'll slap you | J tu chup na kiti mein tere thappad marna Je tu chup na hoi, mai tere thappad marangi/ga |
I don't like it | Mainu en nai psand |
Dog | Kutta |
Bitch | Kutti |
Monkey | Bandar |
I / Mine | Mai / Mera |
You / Yours | Tusi / Tuhada |
We / Our | Asi / Saada |
He / Her | Oho |
Them | Ohna nu |
domingo, 26 de setembro de 2010
is there life after India?
with my eyes full of tears, my mind full of memories, my heart full of joy.
I LOVE YOU IMPREDICTABLE INDIA
...
and don't ask me what i'll miss the most because is just too hard.
quinta-feira, 23 de setembro de 2010
Chandigarh airport - 23 September 2010 - 19h37
Crossing the airport to get on the plane, under this indian full moon, i could feel the humidity is back, after 2 days of rain, the same humidity that got me the day i first came... like it was a circle coming to the end.
I'm still struggling to find out some words to express my feelings, despite knowing that i should face and accept the fact that it is impossible (not possible mam) to describe it.
As if inside everything was boiling and boiling and still nothing really true comes out, because the really important things, the ones that really matters, they have no name, ther is no word even yet to be invented to express it, and probably never will.
And even knowing i will never be able to express to describe it, i feel that this important things will go with me forever, even if i never name them, or specially if i never name them.
Such kind of feelings, emotions, moments, jokes, memories, untranslatable details! are the things i'll miss the most, and not even a best seller book would be enough to get close to explain just 1% of what's going on inside my head and heart, and not even 1% of how India wrote on me. And still writes on me.
And as the tears como to my eyes, i'm sure that this indian scars under my skin will spread all over and, hopefully, by some kind of osmose, maybe i can make you feel India as i do, or, at least, without anyword, bring it to you in a lullaby.
I never know how to say goodbye.
quarta-feira, 22 de setembro de 2010
Subscrever:
Mensagens (Atom)